
COISAS ALEATÓRIAS SOBRE MIM


Nasci em 1974 num 11 de setembro, na montanhosa Teresópolis, no Rio de Janeiro. Faz 20 anos que não gosto de festejar, mas celebro a vida diariamente
Minha mãe é Argentina, meu pai mineiro e eles se conheceram quando numa viagem para o Rio ela estava pedindo carona e ele parou. Foi amor à primeira vista. Papi é dez anos mais velho que mami. E eles são os primeiros amores da minha vida.
Uma vez por ano meus pais juntavam os quatro filhos, três meninas (sou a do meio) e um menino, e rodavam o país ou o continente. Aprendemos a ser melhores amigos e cidadãos do mundo. Foi uma década acampando, até que eles compraram um apartamento de frente para a praia em Arraial do Cabo.
Não como carne peixe ou ovo. Amo pizza, empanadas, salada e vinho!
Aos 15 anos morei num trailer em Dodge City, KS. Me formei no secundário e meu currículo incluiu moda, artes e oratória. Aprendi muito morando com eles e acho que os Estados Unidos são realmente uma grande nação.
A generosidade dos meus "pais" americanos me inspira até hoje.
Tenho muito medo de barata e de altura.

Não gosto de preguiça nem dessa de fazer o necessário. A vida de adulto é dura, dá trabalho, mas quanto mais duro trabalhamos melhor o resultado.
Comecei a namorar meu marido em Arraial do Cabo. Larguei a faculdade de Artes Plásticas para morar com ele. Nos mudamos de estado, construímos uma indústria e trabalhamos juntos por 28 anos. Este ano vou me aposentar e dedicar meu tempo à arte!

Lugares onde quero morar: Mendoza ou Buenos Aires na Argentina, qualquer cidade da Toscana na Itália, Cascais em Portugal e Colorado Springs nos EUA.

Posso assistir Girlmore Girls uma vez por ano, filmes pré anos 2000 são os melhores, The Doors é minha banda do coração, minha playlist vai de Beethoven à Zeca Pagodinho. Se sai um livro novo da Isabel Allende eu compro, ando encantada com Jordan Peterson e Tolstoi está sempre na minha cabeceira (mas nunca li Guerra e Paz). Tenho poemas espalhados pela casa.


Enquanto o mundo se preocupava com a chegada da pandemia eu começava a enfrentar a menopausa. Virou meu principal assunto. Coitados dos que convivem comigo!
Quando espirro digo saúde, obrigada e de nada para mim mesma
Meu artista preferido: Klimt
Adoro o trabalho da Beatriz Milhazes e da Isabelle Tuchband. Não gosto de Frida Kahlo e da fase cubista do Picasso (what?!)

Em 2001 fomos (eu e meu marido) assaltados e o bandido colocou a arma na minha cabeça, até hoje sinto o peso do cano. Dizem que ao se deparar com a morte assistimos a tudo o que vivemos, como num filme, isso não aconteceu. Mas a partir desse momento comecei a acompanhar minha vida como episódios de um seriado.
Sou Flamengo e Zico é rei!
Faxinar, arrumar armários, organizar a casa e documentos, mudar móveis de lugar: é assim que cuido da minha cabeça. Acredito em cuidar de fora pra dentro. E vivo maquinando obras na minha casa.
Beleza é fundamental, limpeza também. Você conhece uma pessoa de fora para dentro. Passa por uma casa com um jardim florido e pensa: gostaria de conhecer quem mora aí. Está numa fila ao lado de alguém cheiroso, com um sapato lustrado e uma bolsa linda e já quer saber quem é.
Sou introspectiva. Gosto de gente, amo conversar, mas preciso de muito tempo sozinha.
É muito difícil eu não gostar de alguém. Tenho poucos e bons amigos, minhas melhores conversas são com meus pais e irmãos e no topo da pirâmide estão meus filhos, a razão do meu viver!
Desligo meu celular as 19h
Prefiro os dias nubladados

SOBRE A MINHA ARTE
Meu trabalho é feminino, colorido e ligada a natureza.
Enxergo a arte como uma maneira de trazer beleza, transformar um ambiente e atravessar gerações.
Nas telas misturo acrílica, óleo, lápis de cor e o que mais estiver à mão e me inspirar. Gosto de ver como os diferentes meios interagem e surpreendem.
No papel uso a aquarela e o gouache para retratar meu mundo de fantasia, flores e moças que surgem na minha mente e pulam para ganhar vida no papel.
Uma paixão de adolescência é o papel machê, a possibilidade de transformar o lixo em arte é puro poder! De uma caixa de papelão ou um folheto recebido no sinal posso fazer surgir uma escultura, um objeto de decoração e até um pequeno tesouro, algo com significado que vai ser guardado para o resto da vida.
Minha mais recente descoberta foi a costura e o patchwork, mais uma arte feminina. E da vontade de fazer moldes e um livro veio também a arte digital. Hoje divido minha criatividade entre telas, papel, tecidos e computador
Estou sempre curiosa, experimentando e inventando. Gosto de fazer, de estar em contato com os mais variados materiais e de participar de todo o processo.
Gosto do belo, do estético, dos significados.
Fico com Oscar Wilde que disse "Toda arte é inútil, sua única serventia é a beleza", a arte está acima da utilidade e aí lembro do que dizia Ferreira Gullar: "A arte existe porque a vida não basta."
Arte é meditação, arte é beleza e arte salva!



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